sábado, 16 de janeiro de 2010

seu novo endereço!


Minha voz está tão quieta, a casa sem barulho!
A toalha pede mais um prato e ele está tão vazio, parece o nosso lençol!
E a sua não-volta está trancada atrás da porta, não temos mais o endereço...
parece até o dia que você se foi, a sua ausência-partida soa até hoje no assoalho encerado, refletindo os pés que caminharam pra fora da dor...só sobrou a minha!
Sobrou uma foto, e o seu sorriso amarela com o tempo, parece a lâmpada velha, não ilumina, tem cor de nostalgia, de jogo de cerâmica, de frases indo embora...
Nada mais é urgente, nada mais é festa, nada mais é gaveta, nada mais é juízo...tudo é vazio! é armario, onde guardávamos as nossas metáforas, hoje é só rima de verbos, pensei que havia, pensei que dava...
Quando voltar pra buscar os restos que sobraram, me devolva os discos, me devolva a comida, me devolva a água, me devolva a vida...deixe seu novo endereço!

Luiz wood

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