domingo, 4 de dezembro de 2011

...pra ti amada!!!


Se o que me consome fosse apenas saudades,
gritaria seu nome como quem tange a espada,
no fio cego da ausência que queima feito carvão,
nas palavras de corte e de pão de quem tem fome.
Se o que me consome fosse apenas fome,
te inventaria a canção de quem come,
na beleza posta da nossa cama, minha amada.
no chão do nosso quarto, roupas na sala.
Se o que me consome fosse apenas desejo,
te daria gestos jogados na mesa posta,
como quem cala na cama de quem ama,
e nas palavras inventadas no seu ouvido,
apenas pra ti, amada....

Luiz wood

sábado, 3 de dezembro de 2011

...Armorial!!!


Não era noite em nem era dia ainda lá pelos lados da serra..
O que se via ao longe, ali..quase no se perder de vistas, era um fiozinho tênue de azul, um azul manchadinho de amarelo avermelhado...que descia lá do alto da serra escarpada. O dia se anunciava quente. –Esse fiozinho de luz e cor, dizia Seu Estevão, é sinal de dia de sol..é sinal de dia que queima nossa moleira assoberbada de calor...!
As avezinhas voavam baixo como que procurando a sombra das moitas rasteiras. Fora elas, nenhum bicho e nem ser vivente algum...apenas o calor prenunciado pelo azulzinho rasgado de amarelovermelho...um azul delicado, enfeite de Nossa Senhora no céu! Uma cor rasgada...cor de calor e sol forte...
Nenhum ser vivente, nada, nem um calanguinho...nada..ninguém.
Apenas minha saudade e eu....
Apenas minha saudade e você na cabeça! Rasgando a madrugada antes de o dia chegar....

Luiz wood