terça-feira, 21 de fevereiro de 2012


Quantos são os teus olhos a me fitar?
Quantos dentes no sorriso ao retornar?
Claros planos evidentes,
beijos jogados pelo chão...
...desafios pro meu coração?
Quantos são os dedos a me tocarem?
Quantas peles na minha mão?
Vinhos de gritos estridentes,
os teus olhos fitando o meu olhar...
...desatinam o meu coração?
Quantos são os teus atalhos?
Quais os caminhos do céu?
Lindas canções de amor,
sua voz de ouvir outra vez....
....alegrias pro meu coração!

Luiz wood

É você o meu anjo azul,
descendo por entre as nuvens da minha ilusão....
Onde está você?
Onde você mora?
me diz....cadê você?
Tantas histórias...tantas...
Na verdade,
percorri todas as cidades,
e cheguei aqui chorando... lembra?
Sonhei em Barcelona,
dormi com você em Madri,
e acordei navegando nos sete mares da nossa história.
Na verdade,
onde te encontro?
em que paisagem você se perdeu?
qual labirinto?
me diz...cadê você?
Meu anjo azul....
cadê você?

Luiz wood

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


O que posso carregar cabe em uma mão,
Cabe no seu desejo alucinado...
Na minha cabeça aluada...
Lágrimas mareadas não cabem no mar,
Nem no tapete da nossa sala, meu amor....
Vagamos na mesma rua vazia,
E acabamos dormindo no seu cobertor, tolo amor...
Os desenhos na calçada largada, desafiam signos coloridos,
A calçada é o universo todo, aluado amor...
Junte tudo o que temos na velha mochila nas costas,
O nosso coração cabe em uma mão, grande amor...
Meu grande amor...

Luiz wood

Eram velhas gravuras na parede emoldurando ranhuras,
são paredes aparentes esse meu coração...
Um anjo caído de algum céu perdido, se espalhando pelo meu chão de espelhos,
um anjo vagabundo anunciando o fim do mundo...
É o meu chão de espelhos agora estilhaçado ...um fim do mundo!
Uma cigana de panos coloridos e ouro nos dentes, me falando de invernos tenebrosos,
falando em sussurros por detrás de janelas fechadas.... segredos!
São gravuras retínicas, ranhuras emolduradas e tristes...
...olhos tão cansados de anjos negros e ciganas mentirosas!
Não quero ver, quero a cegueira do cão andaluz...
Não quero o final dos mundos....
Não quero os invernos infernais...
Quero o seu jardim,Quero o seu sorriso,E quero o seu amor!
...no novo mundo ...

Luiz wood

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012


Eu desejo não ser interrompido,
quando a sua cabeça estiver colada no meu peito!
Não fale nada, fique calada,
quando a sua boca estiver na minha!
Não abra os seus olhos lindos,
quando no escuro do nosso quarto, insisto em te ver!
Não sacuda o pó das estrelas que há em você,
quando a manhã chegar e nos surpreender ainda amando!
Eu quero que seja sempre silenciosa,
nos gritos que nos faz um só...!
Quero a nossa inocência perdida,
nos vãos absurdos das nossas mãos quando estão grudadas!
Eu quero sentir o tremor de quando você chega,
e o temor de você ir embora...
Fique aqui do meu lado...
...e conheça todos, todos os meus tremores!
Eu quero aprofundamente...o nosso amor!

Luiz wood

É o tempo apunhalando,
a vida soletrada em caminhos percorridos,
E um rio surgindo...dos seus olhos!
Um planeta vermelho dourado do sol,
uma criatura sem amarguras improvisadas,
E um rio surgindo...dos seus olhos!
Elfos pequeninos brincando num jardim,
luzes indecentes eletrocutando e pronunciando a palavra,
E um rio surgindo...dos seus olhos!
Um caminho exausto pisado pelo calcanhar estrangeiro,
esperando a tua cabeça dourada no ombro,
E um rio surgindo...dos seus olhos!
Um lenço vermelho enxugando as lágrimas derribadas,
as memórias encarnadas pro seu lenço enxugar.
E um rio surgindo...dos seus olhos!
E no tempo rebuscado, no contratempo encontrado,
fazer as mais lindas canções pra apenas ver....
...um rio surgindo dos seus olhos!

Luiz wood

domingo, 12 de fevereiro de 2012

...na cidade adormecida!


Cá estou eu, vagando novamente por avenidas,
na cidade adormecida...
Existem janelas de vidro nas avenidas que eu passo,
são janelas escuras, quase vazias, todos estão cegos,
na cidade adormecida...
Já passa da meia-noite e a cidade ainda nem acordou,
nada foi dito, nada foi feito ainda, nada parece se mover,
na cidade adormecida...
Eu sei que em algum lugar aqui existe um porto,
as velas estão espalhadas e o meu barco ali, parado, sem vento,
na cidade adormecida...
As montanhas do passado fazem sombra nos néons solitários,
são apenas os bares bluesando uns sonhos antigos,
na cidade adormecida...
Além daqui não há mais nada que possamos chamar de nosso,
nada que nos faça acordar e sair, e caminhar, e andar,
na cidade adormecida...
Me escute meu amor, ponha sua mão sobre a minha cabeça,
e apenas vamos por ai, vamos dançar nos néons vermelhos,
na cidade adormecida...

Luiz wood

sábado, 11 de fevereiro de 2012


Mar sob o azul da amplidão,
lembra você, minha multidão....
Sem você nada era azul, nada era mar,
era tudo saudade...
Era céu e estrelas no chão,
e a minha mão, tentando alcançar você.
Nada de sol, nada de firmamento,
antes de você, nada havia,
só essa vontade de ter você assim,
tão perto de mim...
Uma cidade tão cheia de luz,
que vive só pra te esperar,
Meu lugar, meu mundo, meu luar,
tudo tem o teu nome,
nada existe em vão se existe você.
Minha mulher,
é você a multidão onde vou me perder!
O resto,
é apenas a saudade!

Luiz wood

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012


As folhas caem,
são as mesmas de ontem...
...tão ontem!
Eu bati na sua porta,
e você sorriu linda...
...tão linda!
Às vezes penso enlouquecer,
te vejo em tudo...
...tão toda!
No barulho do rio,
que escorre com vagar,
...tão devagar!
No solo da guitarra alucinada,
nossa música louca,
...tão louca!
Nos muros escritos,
poesias inexatas,
...tão alucinadas!
Cadê você?
meu louco amor,
..tão louco amor!

Luiz wood

Vou me esconder nas dobras do seu vestido,
encontrar o meu lugar, me proteger.
Quero estar dentro o bolso da sua calça jeans,
bem junto aos seus passos...
Brincar dentro da sua blusa, me enroscar nos botões,
desabotoar....
Fazer uma festa em você,
até que te encontre nua e te descobrir.
Inventar uma nova canção baby....
até que te encontre nua....em mim!
...apenas te amar...
E ser teu...um garoto brincando de se esconder,
...na sua calça jeans....

Luiz wood

domingo, 5 de fevereiro de 2012


Ventos e folhas,
um dia frio,
e a saudade que nunca mais se vai...
Tantas saudades...
Apenas um caminho,
e você nem vê...
A beira de um rio,
um abraço,
e o beijo de nunca mais...
São tantos os fantasmas,
silêncio de sótãos,
vazios de porões...
E essa coisa latejada,
ardendo tão fundo,
nada mais há...
Apenas um vento,
que traz as folhas...
No dia frio anunciando,
o outono que vai voltar!

Luiz wood

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


Venha cá e me conte,
onde mais eu encontraria alguém como você?
Em qual porta eu encontraria,
um olhar querendo espreitar como o seu?
Quando eu te vejo,
é como se nunca antes houvesse visto qualquer outra coisa.
Venha cá e me dê a sua mão.
Eu serei sempre seu...
Amorosamente seu...só seu...
Leve-me onde quiser...eu vou!
aqui ou ali, não importa,
nada importa se você me levar.
Eu serei sempre seu...
Amorosamente seu...só seu...

Luiz wood