quinta-feira, 29 de abril de 2010

....deusa dos sem deuses!


ontem! a dor foi a minha mais fiel companheira...
hoje ela está aqui...ainda, agachada ao meu lado,cotidiana, presente,intrusa...
ela me faz gestos,acaricia minha cabeça! é um espasmo...chega a doer,corta e range! fantasma arrastando correntes...selvagem longe das arvores!
se é a dor de Deus, dou-te adeus dor...não te quero, nem Deus , nem dor! sem adeus, sem dor,sem serás,sem talvez...ou nunca mais dor!
dor sem Deus...inútil viagem!
fera selvagem...longe das árvores!
vai-te maldita, não te quero aqui....nem lá...
não te quero!
dor...deusa dos ateus!
dos sem deuses!

Luiz wood

quarta-feira, 28 de abril de 2010

...eu gosto!


Gosto dos que caminham comigo, e gosto também dos que não caminham...
a liberdade é do que gosto mais..de caminhar ou não...de estarmos de mãos dadas,é do que gosto mais...
Gosto do sol, do calor e das janelas abertas, e gosto da lua...do vento frio e de fechar as janelas e me aconchegar nos seus braços...gosto do seus braços!
Gosto muito de ser feliz e de caminhar.
Eu gosto da poesia de da lua...eu gosto do sol e do calor dos teus braços...me lembram o sol!
Seus braços são o sol da manhã...são também o sol da tarde e do finzinho da tarde..na perfeição de Deus,seus braços são o que de mais perfeito é possivel na criação...
Gosto de olhar ao longe...gosto que quando olho perto...vejo você ao meu lado...eu gosto!
E quando estamos no mesmo caminho...gosto de caminhar,e quando estamos em outro...eu gosto...vou te encontrar...eu gosto de te encontrar!
Gosto de tantas coisas...
Gosto de ser feliz!
Gosto de cantar...
mas é de você que gosto mais!

Luiz wood

quarta-feira, 7 de abril de 2010

...tanta pedra!


léguas e léguas sôbre as folhas e uma imensidão se estendendo à frente...léguas e léguas!
amanhece entre a terra e o mundo, amanhece e resta uma luz tímida e mole, é como sair do sono...tímida e mole! acorda terra!
léguas e somos estrada, eu e você...léguas e léguas, geografia descontrolada, palmilhada estrada a fora, noite adentro...falando de amor entre erros de português, estranha sintaxe...descontrolada geografia, nunca mais errei o caminho do seu coração! nunca mais...
numa pontinha escondida lá de longe, uma corzinha assim meio pálida desponta,basta uma distração,um correr de olhos e lá está ela...vermelha...raiando um dia todo de vermelho e azul de Nossa Senhora.
léguas e léguas sobrê as folhas e acordei aqui,
em cima de uma pedra!

Luiz wood

terça-feira, 6 de abril de 2010

...na veia!


era só saudade na veia!
da boca vermelha, do vestido vermelho, da sua festa...
cheiro,imagem e som do seu corpo que incendeia...na veia!
essa saudade judia, é como ver o sol numa cela, preso...vou cantar, marcar, incendiar o sol...na veia!
mais forte que o sol é o seu corpo,o seu vestido novo, seus pés e mãos agitados e coração....na veia!
deixa eu ver tu...no branco dos olhos agora vermelhos...me deixa ver tu...
eu vou cantar...deixa eu ver tu...na tua festa...
cheiro bom no teu corpo...feito o sol,incendeia!
na veia amor, na veia...

Luiz wood

domingo, 4 de abril de 2010

Sebastiano!


é festivo o sol que queima, uma festa de luz que queima de tanto se ver!
era rei da terra de sol festivo, um rei descalço, quando muito uma alpercata vez por outra. mas era rei da terra do sol,seca e rachada mas sua terra.
um cavalo magro digno de Rocinante,montaria de Jorge e lua.
do alto de sua sela rota avista seus domínios de mandacaru e aridez e sorri! é o que lhe resta,o sorriso!
qual Dom Sebastião ha de retornar da morte e redimir.
seu reino será restaurado, a terra verdejará, e a água voltará, se assim permitir o nosso Senhor.
barro no lugar da poeira, chuva pra molhar o calor, e o verde que bem te quero...
e junto com a chuva, sua dona voltará também! então será rei de fato, em pleno domínio e luz...
é festivo o sol que queima,
e sua dona voltará!
do alto da sua sela rota, teve essa visão...qual Sebastião!

Luiz wood