segunda-feira, 30 de agosto de 2010

...brincadeira de adultos!


Você me dizia que não era amor, embora eu insistisse e te afirmar: sim, eu te amo!
Usava uma réguinha só sua para medir os sentimentos.
Pior, não media os seus, media os meus! Abusada!
Mas justamente e também por ser abusada é que te amei,não..estou mentindo, é por isso que te amo! Assim mesmo, conjugado no presente!
Eu sei, não precisa repetir...você acha que é uma brincadeira de adultos, uma paixãozinha qualquer, uma alegria passageira!
Mas isso é o que você acha! Esse é o ponto: você acha demais!
Mas quem sabe você tenha razão: uma brincadeira de adultos.
Sendo assim,ou não sei brincar, ou não sou adulto.
Pra continuar te amando, eu inventei uma verdade, a minha verdade...e fui brincar lá no pátio!
Fui brincar de te amar, na minha verdade inventada...
Na brincadeira de adultos!
Como quem conta até dez...e vai se esconder!

Luiz woo
d

sábado, 14 de agosto de 2010

....amor, mar!


Quando pôs suas mãos em conchas, e as trouxe pra perto do ouvido, ouviu o silêncio do seu amor.
Quase ondas batendo contra pedras,silêncio gritado!
Era assim que sentia o amor, feito o mar, feito o sol do mar, feito o vento do mar.
Não sabia amar de outra forma que não fosse na forma de mar.
Assim quis ama-la...
Assim deu seu amor...
como um mar...
mas ela quis apenas lago!

Luiz wood

...nossas coisas em comum!


Algumas coisas tínhamos em comum.
O mesmo sorriso talvez, sorriso de quem cometeu um delito, cúmplices...mas não era um sorriso que sempre surgia dos lábios, as vezes sorríamos com olhos e mãos!
O andar, quando estávamos juntos, andávamos como quem não tem pressa nem lugar de chegar.Apenas caminhávamos, distraídos, passos lentos...passos de uma manhã ensolarada.
Vez por outra, surgiam pensamentos iguais,e nossas bocas falavam juntas...isso era quase corriqueiro, mas provocava nosso riso, de prazer e espanto.
Tínhamos em comum a distância do olhar, horizonte de sonhos e planos, a mesma direção no olhar.
Eram tantas coisas em comum que não sabíamos mais quem éramos, nos confundíamos em nós, acho que, no fundo, fomos nós...um só!
A boca, nossas bocas eram iguais....na língua, no morder...no querer provar, beber!
Tínhamos a vida em comum...a nossa vida!

Luiz wood

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

...enquanto você não chega!


Fui um tolo em pensar que a noite passaria sem você.
Ainda é noite....enquanto você não chega.
Ainda é noite.
Como pude pensar assim...se você é sol...é luz...é dia?
Fui um tolo em pensar que as horas se contariam sem você.
Não passam...enquanto você não chega. Tempo estático.
O meu relógio parece apenas ter o ponteiro dos segundos...
lento!
Fui um tolo em pensar que a minha vida seria a mesma sem você.
Ainda vivo....em passos lentos...enquanto você não chega.
Sobrevivo.
Vida à toa...enquanto você não chega...sem você....
me falta o ar!

Luiz wood