segunda-feira, 16 de julho de 2012


Lembro a primeira vez que andarilhei naquelas terras!
Pareceu-me um enorme lençol manchado, daqueles que ficam jogados no chão, pisados e que ninguém se lembra nunca de recolhê-lo.
Ao longe, via-se um céu turquesa e torrado, um azul queimado como nunca se viu antes ...azul torrado. Não existe outra maneira de descrever o céu que eu vi ...
O silêncio se estendia e batia forte em nosso rosto feito o vento! Não havia vento algum, o único vento que por lá existia era o silêncio ..tão forte que parecia vento. Não, parecia mais um vendaval, daqueles de entortar árvores, mas árvores não havia por ali ....
As pedras no caminho me lembraram os remendos nas roupas das festas santeiras, daqueles coloridos que a mão da gente pregava na roupa ....pedras de remendos.
Casas poucas, gentes poucas, coisas poucas...
Terra árida ...terra seca...
Sem sombras, sem movimentos, sem surpresas ...nada havia ali. Nada...
Parei e apenas fiquei olhando ....
Do outro lado, pra lá dos lados da serra eu haveria de te encontrar.
E tudo, se faria verde novamente!
Você faz chuva em mim....

Luiz wood

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