sábado, 26 de maio de 2012

Ainda trazia nas mãos toda a primavera que colhera pela vida.
Trazia também no olhar um brilho grande,
desses de farol, que poucas pessoas são capazes de trazer.
Era tanta luz que quando caminhava, os gira-sóis a acompanhavam, encantados...
Acho mesmo que ela era um vaga-lume que me lembro ter capturado quando ainda era um menino.
O peguei com as mãos em concha com todo o cuidado de quem segura o universo,
e coloquei aquela luzinha verde dentro de um pote de vidro vazio que roubei da cozinha quando todos dormiam.
Tenho certeza, certeza absoluta. Ela é o vaga-lume que iluminou meu quarto quando eu ainda era um menino.
E ela desce a ladeira todos os dias, trazendo nas mãos a primavera eterna.
O brilho do olhar e no sorriso, a lembrança do menino que fui...
E quando me beija, são esses os presentes que ela me dá....
A primavera, a luz verde e a criança que eu desconfio ainda ser!

Luiz wood

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